O clássico é legal: Memórias Póstumas de Brás Cubas

Olá pessoas!
Trouxe a resenha de um clássico, porque, como vocês já devem ter percebido, os considero muito importantes! Essa resenha é um tanto especial porque se trata de um livro que me cativou e também foi produzido com a ajuda de Eveline, e foi a pedido de uma professora que eu realmente amo: a Séfora.  Então, let´s go!



Sinopse: É após a morte que Brás Cubas decide narrar suas memórias. Nesta condição, nada pode suavizar seu ponto de vista irônico e mordaz sobre uma sociedade em que as instituições se baseiam na hipocrisia. O casamento, o adultério, os comportamentos individuais e sociais não escapam à sua visão aguda e implacável.

Minhas impressões: 
*Atenção, resenha contém spoilers*

Essa é a dedicatória, não é brilhante?
Narrado em primeira pessoa, o romance contém cento e sessenta capítulos curtíssimos, onde o autor Machado de Assis cria a estória de "Brás Cubas", que depois de morto resolve escrever um livro, mas na ordem cronológica que imaginamos, mas sim o inverso, onde o narrador-personagem conta primeiro seu funeral e sua causa, para poder prosseguir normalmente. A obra de Machado de Assis é por completa irônica, faz crítica a sociedade da época com maestria, expondo o quão superficial podia ser a nobreza  e a burguesia da época. Porém o livro trata de amor também, ao narrar as frustrações amorosas do personagem.
Logo no início nos deparamos com o funeral de Brás Cubas, onde só onze amigos compareceram, e a causa da morte, que seria uma pneumonia que daria fim a uma vida de um sujeito que não conseguiu fazer nada que deixaria seu legado na terra. 
Na infância, era considerado uma criança endiabrada, tal prova é seu apelido bem sugestivo: "menino diabo", mesmo tendo um caráter maquiavélico, Brás ainda teve um amigo Quincas Borba (que inclusive é tema de outro livro do Machado de Assis que pretendo ler) que também era bem arteiro, mais tarde Brás o encontraria em uma situação lastimável de mendigo.  No auge da adolescência, em seus 17 anos, o autor-defunto se apaixona por Marcela, uma prostituta, que de acordo com o personagem foi um amor de "quinze meses e onze contos de réis", um amor que colocou em risco a fortuna da família. Afim de superar a decepção amorosa que Brás sofreu com Marcela, o mesmo vai para Europa, estudar direito em Coimbra. Neste meio tempo sua mãe fica enferma e o garoto aproveita para retornar ao país.
O maior objetivo do seu pai é que ele se torne deputado, porém Brás não demonstra o mínimo interesse em seguir carreira política, mas anos mais tarde acaba trabalhando com Lobo Neves, e vira um deputado. 
Antes mesmo de ingressar na carreira política fica noivo de Virgília, mas acaba rompendo, e a moça depois de certo tempo se casa com Lobo Neves e a meados do seu casamento tem um relacionamento extraconjugal com Brás Cubas.
Depois de não ter dado certo nem na política nem no amor, Brás tem sua última tentativa de triunfo, o Emplasto Brás Cubas, que seria um remédio que curaria qualquer tipo de doença, amenizaria a tristeza do homem e curaria a hipocondria humana.

 

Quando Brás completa 50 anos, deixa de lado a paixão pela a existência. Seu único companheiro é Quincas, com quem compartilha o gosto por as discussões filosóficas e a análise real e da existência humana. Ele não encontrou o sucesso na produção do emplastro, não se tornou ministro e nem encontrou uma esposa. Por outro lado, jamais precisou trabalhar para se sustentar. Sua morte também foi mais digna e ele não teve herdeiros, seres que receberiam que receberiam como herança a indigência humana de Brás. O pobre homem, que agora era um senhor, morreu de pneumonia logo após sua "brilhante criação", nos seus 64 anos de idade.
A obra de Machado de Assis, foi ambiciosa, diferente de tudo que já foi visto, apresentou um lado até então desconhecido do escritor, mas que se mostrou brilhante e extremamente crítico, foi esta obra que iniciou o período realista da literatura brasileira. 

É isso pessoal, espero que tenham gostado.

7 comentários:

  1. Oie! ^^
    Meu professor de Português sempre falava sobre esse Livro e sobre como deviamos ler, por esse motivo acredito que nunca me interessei em realmente ler o Livro!
    Estava aqui visitando o teu Blog quando observei o título da coluna: O Clássico é legal! Então decidi conhecer a sua opinião sobre o Livro que tanto escutei falar e me surpreendi ao perceber que o Livro não é ruim, pelo contrário que eu não dei uma oportunidade para ele por me sentir obrigada a ler! Irei mudar isso!!!!
    Beijos e até! ^^
    Sou do Blog:
    http://worldofmakebelieveblog.wordpress.com/

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    1. Oi Amanda!
      É bem assim mesmo, eu também tinha essa percepção quando se tratava de clássicos, até ler e perceber que não eram ruins. E eu sei que, pelo o fato de os professores ficarem insistindo a leitura nós desanimamos, mas vale muito a pena!
      Beijão.

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  2. Oi! Este é mesmo um clássico mas nunca me interessei em lê-lo...gostei da resenha mas ainda sim não tive curiosidade. Quem sabe um dia dou uma chance. :)
    beijos ♥
    nuclear--story.blogspot.com.br

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    1. Que triste Dani, fico feliz que tenha gostado, mas era para ter lhe instigado a leitura. Dê sim, garanto que não vai se arrepender! Beijão.

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  3. Amei a resenha! Fiquei super empolgada a cada linha, da mesma forma quando vocês apresentaram na nossa aula. Rsrsrsrs
    Clássicos são legais sim! Que bom que você também gostou Hemilly. Beijos :*

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  4. Engraçado é que nós, professores, nos esforçamos tanto para vocês lerem de tudo, dos Best Seller aos Clássicos e a maioria dos alunos querem ser os do "contra". Kkkkkk Professor também tem bom gosto gente!!

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